Hoje, abordaremos sobre os tipos de soldas e suas aplicações. Confira!
O processo de soldagem é a forma mais utilizada nas indústrias para unir peças e materiais, principalmente metais e suas ligas. Este processo de dá pela fusão quase que imediata seguida da solidificação dos materiais, quando expostos a uma fonte de calor.
Índice
1. Arco Elétrico:
A solda por arco elétrico consiste basicamente em um eletrodo (meio que transfere energia e fecha o circuito com as peças), um material de proteção (para evitar a oxidação e contaminação do cordão de solda enquanto estiver líquido) e uma fonte de tensão e corrente (responsável pelo fornecimento de energia para fusão e alimentação do circuito).
As mais comuns são eletrodo revestido, TIG, MIG/MAG, arame orbital, arco submerso e plasma. A seguir será dado um prevê resumo sobre cada uma:
Eletrodo Revestido
O eletrodo é composto por uma alma metálica recoberta por um material não-metálico, que sofre sublimação durante o processo, cria uma atmosfera de proteção e posteriormente uma escora sobre o cordão de solda . O arco elétrico é aberto ao arrastar o eletrodo sobre a superfície metálica e mantido ao deixar o eletrodo levemente afastado da região a ser soldada. Durante o processo, o revestimento e a alma são consumidos de forma quase igualitária. Devido à facilidade do processo, ele é utilizado em várias condições, incluindo aquelas que o local é de difícil acesso ou mobilidade, além do baixo custo.
TIG
Do inglês Tungsten Inert Gas (Tungstênio em Gás Inerte), nessa solda o eletrodo de tungstênio não consumível, ou seja, não é depositado sobre o cordão de solda, que é protegido pelo fluxo de um gás inerte. O arco elétrico é aberto ao aproximar a ponta do eletrodo à peça, em alguns casos é necessário o uso de arames para reforçar o cordão. De forma geral, esse processo apresenta excelente acabamento e menor risco de corrosão.
MIG
Do inglês Metal Inert Gas (Metal em Gás Inerte), nessa solda o eletrodo é o arame que será consumido durante o processo e a proteção se dá ou pela mistura de gases inertes ou pelo uso de um gás inerte. Neste processo, o arame é alimentado de forma continua e em velocidade constante, a medida que é adicionado ao metal base (as peças).De forma geral, esse processo apresenta bom acabamento, é de fácil operação, alta produtividade, baixo custo, contudo há presença de respingos e alta probabilidade de formação de poros.
» Leia também: DDS – Solda TIG e MIG.
Arame Tubular
Neste processo o arame é revestido, como no eletrodo revestido, e alimentação constante, como na soldagem MIG. Com isso o cordão de solda apresenta excelente qualidade, usado principalmente em aço baixo carbono e baixa liga, peças de grandes espessuras ou muito finas. Pode-se ainda, utilizar algum gás para aumentar a proteção já pré-estabelecido pelo revestimento.
Arco Submerso
Nesse processo pode-se abrir um ou mais arcos elétricos entre o arame e a peça, a proteção é dada pelo fluxo de uma camada de grânulos fundidos, que permite o desenvolvimento de um cordão de solda sem respingos, faíscas e luminosidade, além da alta penetração devido as suas características de isolamento térmico. O arame utilizado pode ser arame tubular ou arame sólido.
Plasma
Neste processo utiliza-se um eletrodo não consumível de tungstênio e gás inerte. A diferença principal deste processo ao processo TIG, está na posição do eletrodo dentro da tocha, em que na TIG a ponta do eletrodo é exposta e na plasma a ponta do eletrodo permanece dentro da tocha.
» Leia também: Segurança na Soldagem a Arco Elétrico.
2. Resistência Elétrica:
Neste processo utiliza-se o efeito Joule (devido a uma resistência, perde-se energia elétrica na forma de calor) para fundir as faces das peças a serem soldadas. Este processo é muito utilizado em soldagem de componentes eletrônicos e metais dúctil.
3. Outros Processos
Além da soldagem por arco elétrico e resistência elétrica, existem outros processos pouco utilizados devido a baixa produtividade e/ou elevado custo, como o processo de soldagem por abrasão, ultrassom, laser, sonda magnética.