Com o objetivo de chamar a atenção da população para determinado assunto de saúde, são realizadas no Brasil campanhas nacionais que se estendem durante todo um mês, conscientizando a sociedade sobre o tema e as formas de prevenção e tratamento.
Temos, como exemplos, o Setembro Amarelo (prevenção ao suicídio), o Outubro Rosa (prevenção do câncer de mama), o Novembro Azul (prevenção do câncer de próstata) e o Dezembro Vermelho, que trata sobre a prevenção ao vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana).
Como surgiu o Dezembro Vermelho
Em 1987, por decisão da Assembleia Mundial de Saúde, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), foi definida a data de 1º de dezembro como o Dia Mundial da Luta contra a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS).
Para que as atividades referentes ao assunto não se restringissem apenas a 1 dia, e fosse pauta durante todo um mês, foi promulgada no Brasil, a Lei 13.504/2017, que institui a Campanha Nacional de prevenção ao HIV/AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis, denominada Dezembro Vermelho.
Para que serve o Dezembro Vermelho
O Dezembro Vermelho é uma maneira de conscientizar a sociedade sobre a os cuidados preventivos, bem como enfrentar os casos e oferecer assistência aos que são portadores do vírus.
Algumas ações são realizadas com vistas a alcançar o objetivo pretendido:
- Iluminação de prédios públicos na cor vermelha;
- Promoção de palestras e atividades educativas;
- Veiculação de campanhas de mídia;
- Realização de eventos.
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DDS sobre Dezembro Vermelho
Durante muito tempo o assunto HIV/AIDS era considerado um tabu, até mesmo uma sentença de morte. Havia desconhecimento sobre o assunto e muito preconceito envolvido.
Hoje, temos à nossa disposição uma grande quantidade de informações, além de estudos médicos em andamento em busca de tratamento, o que permite prevenir, diagnosticar e tratar os portadores.
A campanha Dezembro Vermelho tem por objetivo levar informações sobre o assunto, estimular a prevenção e reduzir a disseminação do vírus HIV.
A AIDS é uma doença infecciosa, transmitida pelo vírus HIV. O vírus está presente principalmente no sangue e em algumas secreções do corpo, como o esperma, a secreção vaginal, o líquido que banha o bebê durante a gestação e o líquido que banha o cérebro.
O contato com alguma dessas secreções ou com o sangue contaminado na pele lesionada (na pele íntegra não passa HIV) pode ocasionar a contaminação. Não há vírus na saliva, na urina, nas fezes e na lágrima.
O vírus é transmitido de uma pessoa para outra, principalmente por meio de relações sexuais desprotegidas, de mãe para filho (durante a gestação, parto e a amamentação) ou ainda pelo uso de seringa por mais de uma pessoa, transfusão de sangue contaminado e acidentes com instrumentos perfurocortantes contaminados.
O HIV, diferentemente de outros vírus, não é combatido pelo corpo humano, motivo pelo qual deve ser tratado o quanto antes. O diagnóstico e tratamento precoce reduz o risco de desenvolver AIDS ou até mesmo de transmitir para outras pessoas.
Não existe vacina ou cura conhecida que elimine a carga viral do organismo, porém há o tratamento antirretroviral (coquetel) que permite ao paciente ter qualidade de vida. Caso o HIV não seja devidamente tratado, o paciente pode desenvolver o estágio mais avançado do vírus, a AIDS, que causa infecções oportunistas, como pneumonias e doenças parasitárias, e também pode ocasionar alguns tipos de câncer.
O diagnóstico é obtido por meio dos testes, realizados de forma gratuita nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). No Brasil há dois tipos de testes: os exames laboratoriais e os testes rápidos.
Os testes rápidos podem ser realizados com a coleta de uma gota de sangue ou com fluido oral e fornecem o resultado em, no máximo, 30 minutos.
O teste de HIV deve ser feito com regularidade, recomenda-se ser feito de seis em seis meses, e sempre que você tiver passado por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido.
É muito importante que você saiba se tem HIV para buscar tratamento no tempo certo, possibilitando que você ganhe muito em qualidade de vida.
Para evitar a transmissão do HIV recomenda-se:
- Uso de preservativo durante as relações sexuais;
- Utilização de seringas e agulhas descartáveis;
- Uso de luvas para manipular feridas e fluidos corporais;
- Não compartilhar objetos perfuro-cortantes.
Todas as pessoas estão sujeitas à infecção pelo HIV. O vírus não faz distinção de gênero, idade ou orientação sexual. Por isso, é preciso que todo mundo se conscientize e tome os cuidados necessários para evitar a contaminação e a transmissão.